Exu Tranca Gira

Uma voz chamava para o inconsciente, não havia como distinguir as diferentes vozes que ecoavam naquele labirinto de perguntas sem que alguma resposta fora aflorada, mas havia sim a presença notável de um amigo bastando só cantar o seu ponto e a mente ainda confusa lembrava o cântico firme do chamado que dizia “Seu Tranca-Giras é Rei lá na Calunga, sem esse Exú não se pode fazer nada”, bastou apenas esse chamado e lá estava o velho e bom amigo disposto a atender os apelos de um filho desorientado onde o clamava por socorro, tão maravilhoso foi esse “companheiro oculto” que acalmaria os demais e as respostas tão significativas já estavam por vir diante dos olhos do narrador.  Como é bom dizer muito obrigado pai amigo, “paizão” seria mais justo para com ele que prontamente, veio em auxilio aos chamados sem sequer perguntar o motivo, mas que lá estava como se já soubesse das intenções, completando com suas palavras e desviando com cuidado os afoitos espíritos que ainda tentavam subornar ao chamado. Como pode mesmo em sonho alguém lembrar de cantar um ponto e para a entidade certa? E como recorreu o narrador ao mestre para que ele enviasse aquele, justamente aquele que mesmo dentro de um sonho agiu como se fosse realidade. Tudo o que posso dizer, é muito, mas muito obrigado “Senhor Tranca Giras”, por ter intercedido por mim. Que a luz que brilha sobre teu espírito sempre esteja acesa, que a sua sabedoria esteja sempre aposta para trazer-nos boas novas e que a proteção de sua Capa esteja sempre coberta de razão. Esta é a mensagem de agradecimento deste filho e admirador em vossa presença.  

Que mamãe Yemanjá esteja abençoando Tranca Giras em todas as passagens e que o tenha sempre como um filho amado.

 Laroyê Exu Bará.