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quarta-feira, 23 de maio de 2012

Diferença entre Médium Espirita e de Umbandista





NÃO HÁ SEPARATIVIDADE
 

Evidentemente,   sabeis   que   não   há separatividade nem competição entre os espíritos   benfeitores,   responsáveis   pela espiritualização   da   humanidade.   As dissensões   sectaristas,   críticas   comuns entre adeptos espiritualistas,  discussões estéreis   e   os   conflitos   religiosos,   são frutos   da   ignorância,   inquietude   e instabilidade   espiritual   entre   os encarnados.
Os  Mentores  Espirituais   não  se   preocupam    com  a  ascendência  do Protestantismo   sobre   o
Catolicismo, do Espiritismo sobre a Umbanda, dos Teosofistas sobre os Espíritas, mas lhes interessa
desenvolver nos homens o Amor que salva e o Bem que edifica!

OS HOMENS DEVEM RESPEITAR A PREFERÊNCIA ALHEIA
 
Todas as coisas são exercidas e conhecidas  no tempo certo do grau de maturidade espiritual de cada ser.  Em consequência,  ser católico,  espírita,  protestante,  umbandista,   teosofista,  muçulmano, budista, hinduísta, esoterista, ateu não passa de   uma   experiência   transitória   em determinada época do curso ascensional do espírito eterno!
As   polêmicas,   os   conflitos   religiosos   e doutrinários   do   mundo   não   passam   de verdadeira ilusão. É tão desairoso para o católico combater o   protestante,   ou   o   espírita   combater   o umbandista,  como em sentido  inverso,  pois os homens devem respeitar-se mutuamente na preferência alheia, segundo o seu grau de entendimento espiritual.

SECTARISMO É UM RESÍDUO DO PRIMITIVISMO
 
O sectarismo religioso, como todo sectarismo, não é mais que um resíduo das fases primitivas da evolução humana.  À proporção,  porém,  em que a humanidade evoluí,  o espírito humano se  larga, superando barreiras e destruindo  fronteiras.  O homem se universaliza.  Sua mente se abre a uma compreensão mais ampla do mundo.
Para o sectarista, só os da sua seita prestam, só eles estão certos e merecem proteção de Deus.
 
O ESPIRITISMO É UNIVERSALISTA
 
O Espiritismo é doutrina universalista porque o principal motivo de sua atuação e existência são os
acontecimentos e problemas derivados do Espírito, isto é, da entidade universal.
O Espiritismo é universalista,  mas  não  lhe cabe a culpa se alguns espíritas desmentem essa salutar conceituação e desperdiçam seu precioso tempo no julgamento e agressividade mental aos demais trabalhadores da espiritualidade. 
O Espiritismo não se proclama o único meio de salvação humana, nem se diz o detentor exclusivo da verdade. Do ponto de vista espírita,  todas as religiões são formas de interpretação da suprema verdade, e todas conduzem o homem a Deus, quando praticadas com sinceridade. O que  importa,  como dizia Kardec,  não é a  forma,  mas o espírito.  De uma vez por   todas,  os espíritas precisam libertar-se dos resíduos sectaristas.
 
O AMOR É A MAIOR VERDADE
 
Em outras palavras, é completamente  inútil o combate que movemos contra as  idéias que não admitimos. A verdade é uma só e, um dia, raiará para todos, como o Sol que aquece e ilumina todos os quadrantes do Planeta. O que o Cristo espera de seus tutelados é a união de propósitos em torno do bem, é o trabalho incessante em favor de nossa iluminação individual, é a promoção intelectual, moral  e espiritual de nossos irmãos em humanidade. Somente praticando a fraternidade e a tolerância poderemos ajudar a construção do mundo sem barreiras que será o Reino de Deus na Terra.
Recordemos do que nos disse o apóstolo Paulo: “Ainda que eu fale as línguas dos homens e  dos anjos,  se não  tiver amor  nada serei;  Ainda que eu  tenha o dom de profetizar e conheça  todos os mistérios e toda a ciência, se eu não tiver amor nada serei; Ainda que tenha tamanha fé, a ponto de transportar montanhas, se não tiver amor, nada serei e nada disso se aproveitará”.
 
ORIGEM DO MEDIUNISMO
 
A Africa   foi   colonizada em parte   pela  India  e  pelo Egito,  que  desde  a antiguidade praticavam o mediunismo. Portanto, o Afro-mediunismo tem suas origens no antigo Egito, na Índia, na China, na Pérsia, na Caldéia, na Hebréia, na Arábia, na Babilônia, na Germânia e na Gália. O Afro-mediunismo foi trazidos para o Brasil através dos escravos a partir do ano de 1600. O Espiritismo surgiu na França em 1857 e veio para o Brasil somente próximo ao ano de 1900.  Portanto a origem do Afro-mediunismo  nada tem haver com o Espiritismo.

ORIGEM DA UMBANDA
 
Em fins do século 19, existiam, no Rio de Janeiro, várias modalidades de culto que denotavam, nitidamente, a origem africana, embora já bem distanciadas da crença trazida pelos escravos.
A   magia   dos   velhos   africanos,   transmitida oralmente,   através   de   gerações,   desvirtuara-se mesclada com as feitiçarias provindas de Portugal onde, existiram sempre os feitiços, as rezas e as superstições.
Oficialmente a Umbanda é uma religião brasileira,   fundada em 15/11/1908, através do médium Zélio Fernendino de Moraes. A  Umbanda,  é  um  movimento  de  natureza religiosa e mediúnica, que tem como base o mediunismo.
O certo é que a doutrina de Umbanda, atualmente praticada no Brasil, deriva fundamentalmente do culto   religioso   com   raízes   exclusivamente   africanas, que   fundiu   suas   crenças   supersticiosas   e intercâmbio   com  os   antepassados,     na  mistura   do culto católico,   de ritos   e  práticas   ocultas   dos ameríndios.

Ademais, esse sincretismo   religioso   ainda   influenciou-se     fortemente     pelo   ocultismo   e   pelo
Espiritismo, adotando-lhe  algumas práticas, preces e postulados.
 
ESPIRITISMO NÃO ADOTA NEM CONDENA  AS PRÁTICAS EXTERIORES
 
O Espiritismo  não  adota  em  seu  seio o uso de  símbolos,  ritos,  hierarquias religiosas,  práticas feitichistas,   adorações,     cantos   folcloricos,     porque     a   sua composição   doutrinária   cuida precipitualmente  de  libertar  o  Espírito   de formas  transitórias  do  mundo. O  Espiritismo,  como  sistema  ou  doutrina  dos  Espíritos, firma  os  seus postulados  nas bases principais transmitidas do Além, enquanto a Umbanda, na atualidade,  ainda  é  sincretismo religioso, ritos  e  costumes religiosos de diversas raças e povos.  Mas   não   se  pode  censurar o uso  de  tais apetrechos,   cerimônias   e   costumes   primitivos   na   Umbanda   porque   trata-se   de movimento espiritualista com práticas e princípios diferentes da codificação Espírita Kardecista.
 
RELIGIOSOS VINCULADOS ÀS PRÁTICAS EXTERIORES ACOMODAM-SE MELHOR NA UMBANDA.

Não   pretendemos   fazer   distinções   de  qualidade  espiritual   ou doutrinária   entre  Espiritismo e  a
Umbanda; porém assinalamos que os crentes de outras religiões acomodam-se mais facilmente nos
terreiros, porque ali encontram  um sucedâneo para expressar a sua emotividade religiosa.
Os religiosos ainda vinculados à adoração   de  imagens,   a rituais,  cânticos,   incenso,   ladainhas,
 promessas,   velas,   santos   e     outros     aparatos     do     culto   exterior,   encontram  na Umbanda um
clima algo familiar,   que  os   acostumam no intercâmbio com os espíritos desencarnados, não sendo
difícil mais  tarde,  a sua adesão fácil aos postulados do Espiritismo codificado por  Allan  Kardec.
Aprendem,  com  os  pretos-velhos e caboclos,  a  realidade  da  doutrina  da Reencarnação e da
Lei do Carma, que não aprendiam antes nas igrejas e templos  religiosos.
 
FAMILIARIZA-SE COM OS CONCEITOS SEM DAR UM SALTO BRUSCO
 
Embora o Espiritismo ofereça compensações elevadas no campo da espiritualidade mais pura,  é
sempre mais difícil a este tipo de religioso  abandonar sua igreja  com suas imagens, luzes, flores e
cânticos.     É   um  salto   muito   brusco para  este tipo de religioso, seria deixar de modo muito  súbito   tudo que lhe é tão familiar e simpático. Durante o estágio  da  Umbanda  ele familiariza-se   com     a     técnica   das comunicações, aprende as sutilezas do  mundo  invisível    e confia na proteção dos "caboclos" ou "pretos-velhos", entre santos e  rituais que lhe são simpáticos.
 
ESPIRITISMO E UMBANDA SÃO MUITO DIFERENTES
 
Não é  conveniente   confundir   ambos   os   gêneros   de   trabalho e função  do Espiritismo e da
Umbanda. O Espiritismo abrange o conjunto de criaturas que já se mostram em condições de ativar o
seu progresso espiritual   independentemente   das   formas  do mundo;  Não  tem  rituais  e nem se
preocupa com exterioridades e problemas de  ordem  exclusivamente material.
A Umbanda, no entanto, é mensagem endereçada aos homens  que  ainda requerem o ponto de
apoio   no   rito,   das   imagens,   dos   símbolos   e do   fenômeno   mediúnico,   para   focalizar   a   sua
emotividade  religiosa. 
Mas não importa  se  o indivíduo é espiritista ou umbandista, porém, interessa  a sua conduta e o
seu procedimento junto à humanidade! Ninguém vale pela sua crença, mas sim pelas suas obras.
Em matéria de religião de espiritualismo, Umbanda ou Espiritismo, o que mais vale é a bandeira do
amor e da caridade, sem preconceitos.

IEMANJA N. SRA APARECIDAUMBANDA É MEDIUNISMO, MAS NÃO É ESPIRITISMO!
 
É doutrina   que admite  a  Lei da  Reencarnação e o processo de Causa  e  Efeito  do  Carma, merecendo  também os mais sinceros louvores pelas curas dos enfermos e obsidiados.  Juntamente   com as  falanges de Espíritos primários   ou  pagãos,   também operam na Umbanda Espíritos de elevada estirpe espiritual, confundidos  entre pretos   velhos,   caboclos,   índios   ou   negros,   originários   de   várias tribos africanas. Os mentores de Umbanda, no momento,   preocupam-se   em   eliminar   as práticas   obsoletas,   dispersivas   e   até   censuráveis,   que   ainda   exercem os umbandistas alheios aos fundamentos e objetivo espiritual da doutrina.
 
TRABALHADO DE CONJUNTO NO PLANO ESPIRITUAL
 
Vejamos  o que diz no  livro  “Aruanda”   -   (Robson Pinheiro e Angelo  Inácio)  No capítulo 12 – Libertação: “Alguns médiuns reencarnam com o psiquismo e a vibração apropriada para os trabalhos  de terreiro, enquanto outros são preparados vibratoriamente para o Espiritismo.  Alguns espíritos podem ser atendidos e tratados num centro espírita e outros  são encaminhados para uma tenda umbandista. Muitos espíritos oferecem a possibilidade de serem socorridos através do diálogo fraterno ou terapia espiritual, que despertará suas mentes para as leis da vida, portanto demonstram predisposição para uma sessão espírita. Mas nem  todos são  iguais,  há aqueles que não  tem o perfil  psicológico e  espiritual  necessário.  Precisam do  impacto anímico-mediúnico dos chamados médiuns de terreiro, com os quais encontram maior afinidade.
Nesse   contato   intenso   com   o   ectoplasma   exsudado   pelos   médiuns umbandistas, ganham tratamento especializado, que funciona como uma terapia de choque. Existem Espíritos que são de tal maneira violentos e desequilibrados no aspecto comportamental que primeiramente precisam passar por um terreiro de Umbanda.
Experimentarão uma metodologia de despertamento a partir da ação dos caboclos guerreiros, aos
quais obedecerão sem questionamento.Após esse primeiro contato com as energias primárias dos caboclos, que fazem uma verdadeira limpeza  energética   nos   perispíritos   das   entidades   obsessoras,   que  os   deixam menos   violentos,  modificados em seu interior e até na sua aparência perispiritual, só então são encaminhados para o  diálogo num Centro Espírita. Os espíritos atendidos precisam se reeducar moralmente e, para tanto,  são encaminhados para a conversa fraterna, numa reunião de desobsessão no Centro Espírita.
Há que se notar, porém, que, caso estes espíritos fossem conduzidos, exatamente como estavam,  a uma Casa espírita, talvez os médiuns não atingissem os resultados esperados.Não se pode classificar  este ou aquele método como mais eficaz, mas é necessário aplicar  o método de acordo com a necessidade. Na Umbanda, os processos obsessivos mais violentos são muitas vezes solucionados com a força guerreira dos caboclos. São entidades temidas e respeitadas pelas falanges de espíritos conturbados  e marginais do astral   inferior.  Espíritos violentos e grosseiros,  de comportamento profundamente desequilibrado ou dementes espiritualmente,  são muitas vezes conduzidos para as puxadas numa casa umbandista, onde são realizados os primeiros atendimentos. Depois, são encaminhados para a reunião espírita, recebendo o amparo e o esclarecimento, de acordo com sua necessidade de assimilação”. 

ATUAÇÃO DA UMBANDA NO PLANO MAIS DENSO
 
Norberto   Peixoto   diz:  “A Umbanda   tem  como  tarefa precípua penetrar  nas  cidadelas do umbral   inferior,   verdadeiros antros de maldade, magia negra, escravidão, tortura e sofrimento. Buscam os espíritos  imorais que  já passaram dos  limites possíveis no exercício do seu livre arbítrio individual, em total desrespeito ao do próximo,  ao  merecimento   e   carmas   grupais,   retendo-os   e   encaminhando-os   para esclarecimento nos locais devidos do astral. Desmanchando   essas   organizações   das   sombras,   estão   contribuindo decisivamente para a  “limpeza” planetária das zonas abissais,  auxiliando o divino mestre na evolução da coletividade da Terra”.


UMBANDA ATUA NO PLANO MAIS DENSO E O ESPIRITISMO NO MENOS DENSO
 
Os trabalhos    mediúnicos     de    Umbanda     ajudam    a atenuar  as  violências das entidades  cruéis e vingativas que se aglomeram sobre a crosta terráquea. As   equipes   de   caboclos,   índios   e   pretos   velhos experimentados     constituem-se   na   corajosa   defensiva, segregando   as   entidades   demasiadamente   perversa   quem  não sabem viver entre as outras criaturas. O Espiritismo,  como a Umbanda,  apesar  do seu labor   mediúnico diferente,   ambos   cumprem determinações   do   Alto   e    tendem para o mesmo objetivo  em  comum. Enquanto a Umbanda aperfeiçoa a prática mediúnica no campo  da  fenomenologia mais densa do astral   inferior;  O Espiritismo doutrina os homens para a   sua    libertação   definitiva das  formas   do mundo transitório da carne! 
Malgrado a aparência de ambos se contradizerem,   a   Umbanda ajusta o vaso e o Espiritismo asseia o  líquido; a Umbanda aprimora a lâmpada e o Espiritismo apura a chama!

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