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sábado, 9 de fevereiro de 2013

Os elementais e a hierarquia de Ogum o reino do fogo

dark-ritual
Vamos continuar a estudar os elementais.
Hoje iremos abordar os elementais e o primeiro reino, o reino do fogo.
Se você está chegando agora, recomendamos que leia os artigos que já foram publicados aqui neste blog:
Estamos apresentando uma visão umbandista sobre os elementais e a sua relação com os sete reinos sagrados.
Todos sabemos que embora muito se escreva sobre os elementais, muito pouco se sabe sobre eles e a literatura existente na sua maior parte é somente cópia de cópias de antigos textos ocultistas ou uma literatura fantasiosa  que é explorada pelo comercio de bonecos e coisas do gênero.
A Umbanda por apresentar uma nova visão do universo espiritual, e ao mesmo tempo fazer uma releitura de quase todas as filosofias e religiões existentes, nos permite aprofundar o conhecimento sobre uma imensa quantidade de seres existentes na espiritualidade.
Isso é possível quando nos amparamos na doutrina umbandista, que apresenta fundamentos e princípios que servem de referência para interpretarmos este mundo desconhecido. Podemos afirmar que a doutrina seria como  um mapa, para nos orientar neste mundo desconhecido.
Um destes princípios umbandistas, são os sete reinos sagrados ou as sete linhas da umbanda.
Já sabemos que existe diferença entre ELEMENTAIS e ELEMENTARES e que ambos são fases do processo evolutivo da mônada espiritual antes de atingir a condição de ESPÍRITO no sexto reino ou REINO DA HUMANIDADE.
A visão doutrinária umbandista dos sete reinos sagrados é uma doutrina evolucionista e apresenta um único caminho evolutivo e que é conhecido como ARAPÉ  o Caminho da Luz.
Todos nós participamos deste caminho evolutivo e estamos, nesta fase do nosso desenvolvimento, estagiando no sexto reino,REINO DA HUMANIDADE.
Já passamos portanto pelas fases evolutivas anteriores; já fomos elementais e percorremos os quatro primeiros reinos:REINO DO FOGO, REINO DA TERRA, REINO DO AR E REINO DA ÁGUA.
Também já ultrapassamos a fase de elementares quando estagiamos pelo REINO DA ÁGUA E REINO DAS MATAS.
Agora estamos cumprindo nosso destino pelo REINO DA HUMANIDADE e caminhamos para o sétimo reino,o REINO DAS ALMAS, o reino onde estaremos totalmente livres da MATÉRIA, o reino da ANGELITUDE.
Durante todo este processo, que pode demorar bilhões anos, estaremos atuando em estruturas, que no estudo umbandista, chamamos de CAMPOS ESTRUTURAIS.
Percorremos a eternidade atuando sobre estruturas, sejam elas simples ou complexas, e de natureza física, etérea, mental, emocional ou espiritual.

A Mônada, ainda em seu estado inicial de criação, possui todas as características espirituais conhecidas por nós e outras ainda desconhecidas pela Humanidade, mas todas em estado latente.
É através desta atuação, da Mônada,  em CAMPOS ESTRUTURAIS  que estas forças, qualidades  e capacidades espirituais serão liberadas ou desenvolvidas, da mesma forma que nós seres espirituais que estagiamos no REINO DA HUMANIDADE,  presos a pesadas estruturas materiais, estamos aos poucos desenvolvendo novas capacidades e qualidades espirituais que se encontram em estado dormente em nosso íntimo.
Já sabemos que a Mônada atua nos quatro primeiros reinos como um Elemental, e já estudamos as possíveis combinações de prováveis tipos de elementais.
Para facilidade de estudo criamos uma matriz numérica para facilitar o entendimento.
Fizemos uma matriz agrupando os quatro reinos, onde a mônada recebe a nomenclatura de Elemental,  e os sete reinos sagrados com suas varias formas de expressão e manifestação.
Representamos a mônada utilizando a letra “M” e cada reino foi representado pelo número correspondente ao reino: fogo (1), Terra(2), Ar(3), Água(4), Matas(5), Humanidade(6), Almas(7).
Por exemplo:
M12 => representa uma mônada do reino do fogo (1) atuando no reino da Terra (2)
Vamos determinar inicialmente quantas mônadas podem existir nas condições apresentadas acima: Mônadas pertencentes aos quatro primeiros reinos ( 1,2,3,4) que atuam nos sete reinos (1,2,3,4,5,6,7)
Uma matriz 4×7
M11, M12, M13, M14, M15, M16, M17
M21, M22, M23, M24, M25, M26, M27
M31, M32, M33, M34, M35, M36, M37
M41, M42, M43, M44, M45, M46, M47
Verificamos que possuímos 28 tipos diferentes de mônadas atuando como elementais.
Sabemos que podemos combinar estes 28 elementos primordiais, formando milhões de combinações possíveis o que torna quase impossível o estudo detalhado de todos estes seres elementais.
Mas vamos estudar melhor  estes 28 seres elementais.
Lembramos que os sete reinos sagrados, estão relacionados a SETE HIERARQUIAS ESPIRITUAIS que são regidas por SETE ORIXÁS REGENTES.
Como os elementais são seres espirituais ligados aos quatro primeiros reinos, eles estão subordinados as quatro primeiras hierarquias espirituais:
1)Hierarquia espiritual do Reino do Fogo – Orixá regente é Ogum sua cor é vermelha.
2)Hierarquia espiritual do Reino da Terra – Orixá regente é Xangô sua cor é Marrom.
3)Hierarquia espiritual do Reino do Ar – Orixá regente é Iansã sua cor é amarelo.
4)Hierarquia espiritual do reino da Água –  Orixá regente é Iemanjá sua cor é Azul Claro
As Mônadas neste estagio de Elemental não possuem o livre arbítrio, e suas forças espirituais são muito fracas e praticamente não possuem condição alguma de alterar, por sua livre vontade, seu padrão vibratório.
Somente através dos bilhões de anos é que estarão se desenvolvendo e caminhando para sua individualidade e livre arbítrio.
Podemos dizer que são núcleos espirituais, que possuem determinado padrão vibratório, conforme seu reino ou campo de atuação e que estão subordinadas a forças espirituais de maior magnitude espiritual e são por estas forças utilizadas na manutenção dos diversos  CAMPOS ESTRUTURAIS  naturais.
Vamos conhecer algumas delas e estudar sua qualidade ou característica principal.
Iremos estudando sequencialmente através dos quatro reinos, começaremos pelo REINO DO FOGO.

festa ogum 324
Mônada M11:
É um Elemental do reino do fogo e que atua diretamente no reino do fogo.
Sua cor é o vermelho .
É um Elemental  regido somente pelo Orixá Ogum.
Na Umbanda podemos afirmar que  este Elemental está sob o domínio, por exemplo,  de um OGUM SETE ESPADAS e daquelas entidades espirituais ligadas diretamente às qualidades deste reino.
Estas entidades espirituais que se manifestam utilizando a nomenclatura de OGUM SETE ESPADAS, OGUM SETE LANÇAS, OGUM SETE ESCUDOS e outros,  possuem todo o conhecimento necessário para utilizarem a força espiritual destes elementais, são especialistas na manipulação destas forças e destes seres.
Atua nos campos estruturais que mantém o fogo; quando acendemos uma vela são estes elementais que  atuam na estrutura da chama da vela.
Na magia umbandista podemos ampliar a ação deste Elemental utilizando, por exemplo, uma vela na cor vermelha.
Estão ligados ao calor, energia, violência, destruição,  iniciativa, liderança etc...
Mônada M12:
É um Elemental do reino do fogo que atua no reino da terra.
Sua cor é o Vermelho e o Marrom, ou uma mistura de ambas as cores.
É um Elemental regido pelos Orixás Ogum e Xangô.
Na Umbanda podemos afirmar que  este Elemental esta sob o domínio, por exemplo,  de um OGUM DAS PEDREIRAS ou um  OGUM DE LEI  e daquelas entidades espirituais ligadas diretamente as qualidades destes dois  reinos.
Estas entidades espirituais que se manifestam utilizando a nomenclatura de OGUM DAS PEDREIRAS, OGUM DE LEI, OGUM DAS MONTANHAS e outros,  possuem todo o conhecimento necessário para utilizarem a força espiritual destes elementais, são especialistas na manipulação destas forças e destes seres.
Atua nos campos estruturais que necessitam da força e da lei, a energia no cumprimento da lei, das regras etc...
Também encontramos estes elementais no magma, nos vulcões, no interior da Terra etc...
Na magia umbandista podemos ampliar a ação deste Elemental utilizando, por exemplo, uma vela marrom ou uma vela na cor vermelha acesa sobre um piso ou um pano marrom; lembramos que a terra é marrom e podemos aumentar a ação acendendo uma vela vermelha diretamente no chão em contato direto com a terra.
Mônada M13:
É um Elemental do reino do fogo que atua no reino do Ar.
Sua cor é o vermelho e o amarelo, ou uma mistura de ambas as cores.
É um Elemental regido pelos Orixás Ogum e Iansã.
Na Umbanda podemos afirmar que  este Elemental esta sob o domínio, por exemplo,  de um OGUM DOS VENTOS ou um  OGUM SETE RAIOS  e daquelas entidades  espirituais ligadas diretamente às qualidades destes dois  reinos.
As entidades espirituais que se manifestam utilizando a nomenclatura de OGUM DOS VENTOS, OGUM TEMPESTADE, OGUM VENTANIA, OGUM SETE RAIOS e outros,  possuem todo o conhecimento necessário para utilizarem a força espiritual destes elementais, são especialistas na manipulação destas forças e destes seres.
Atua nos campos estruturais que necessitam da força e da expansão, a energia na comunicação etc...
Também encontramos estes elementais nas tempestades, nos furacões, no som, nos mantras etc...
Na magia umbandista podemos ampliar a ação deste Elemental utilizando, por exemplo, uma vela amarela ou uma vela na cor vermelha acesa sobre um piso ou um pano amarelo. Muito utilizado quando precisamos forçar, aumentar  ou expandir determinada situação.
Mônada M14:
É um Elemental do reino do fogo que atua no reino da água.
Sua cor é o vermelho e o azul, ou uma mistura de ambas as cores.
Aqui fazemos um parêntese para comentar sobre o reino da água e a cor azul.
Muitas são as forças que atuam neste reino, mas todas possuem a cor no tom azul.
Podemos por exemplo, lembrar Iemanjá azul claro, Oxum azul escuro, Nanã Violeta.
É um Elemental regido pelos Orixás Ogum e Iemanjá.
Na Umbanda podemos afirmar que  este Elemental esta sob o domínio, por exemplo,  de um OGUM BEIRA MAR  ou um OGUM IARA  e daquelas entidades espirituais ligadas diretamente as qualidades destes dois  reinos.
As entidades espirituais que se manifestam utilizando a nomenclatura de OGUM BEIRA MAR, OGUM IARA, OGUM SETE ONDAS e outros,  possuem todo o conhecimento necessário para utilizarem a força espiritual destes elementais, são especialistas na manipulação destas forças e destes elementais.
Atua nos campos estruturais que necessitam da força e da emoção, a energia no amor, na geração, na concepção  etc...
Também encontramos estes elementais na água quente, no vapor , nas nuvens, no sangue  que é vermelho quente e líquido etc...
Na magia umbandista podemos ampliar a ação deste Elemental utilizando, por exemplo, uma vela azul ou uma vela na cor vermelha acesa sobre um piso ou um pano azul, também podemos acender a vela vermelha na praia, na beira de um rio, na cachoeira, em uma fonte ou dentro de uma vasilha que contenha água etc...
Estes elementais estão ligados com o sangue e com a vitalidade.
Mônada M15:
É um Elemental do reino do fogo que atua no reino das Matas.
Sua cor é o vermelho e o verde, ou uma mistura de ambas as cores.
É um Elemental regido pelos Orixás Ogum e Oxossi.
Na Umbanda podemos afirmar que  este Elemental esta sob o domínio, por exemplo,  de um OGUM ROMPE MATO  ou um  OGUM DAS MATAS  e daquelas entidades espirituais ligadas diretamente as qualidades destes dois  reinos.
Todas as entidades espirituais que se manifestam utilizando a nomenclatura de OGUM ROMPE MATO, OGUM ARRANCA TOCO e todos os Guerreiros das Matas,  possuem todo o conhecimento necessário para utilizarem a força espiritual destes elementais, são especialistas na manipulação destas forças e destes elementais.
Atua nos campos estruturais que necessitam da força e da fartura, a energia na individualidade, nos alimentos, na tecnologia  etc...
Também encontramos estes elementais nas flores vermelhas, frutas vermelhas, animais e aves que possuem a cor vermelha,  incêndios na floresta etc...
Na magia umbandista podemos ampliar a ação deste Elemental utilizando, por exemplo, uma vela verde ou uma vela na cor vermelha acesa sobre um piso ou um pano verde, também podemos acender a vela  verde na floresta, ou uma vela verde rodeada de flores ou frutas vermelhas etc...
Mônada M16:
É um Elemental do reino do fogo que atua no reino da Humanidade.
Sua cor é o vermelho e o branco, ou uma mistura de ambas as cores.
É um Elemental regido pelos Orixás Ogum e Oxalá.
Na Umbanda podemos afirmar que  este Elemental esta sob o domínio, por exemplo,  de um OGUM MATINATA e daquelas entidades espirituais ligadas diretamente as qualidades destes dois  reinos.
Todas as entidades espirituais que se manifestam utilizando a nomenclatura de OGUM MATINATA, OGUM SETE ESTRELAS e todos os OGUNS ligados a situações que envolvam a humanidade e a fé,  possuem todo o conhecimento necessário para utilizarem a força espiritual destes elementais, são especialistas na manipulação destas forças e destes elementais.
Atua nos campos estruturais que necessitam da força e da fé, a energia no relacionamento humano, na fraternidade  etc...
Na magia umbandista podemos ampliar a ação deste Elemental utilizando, por exemplo, uma vela branca acesa sobre um pano vermelho ou uma vela vermelha acesa sobre um piso ou um pano branco, também podemos acender uma vela vermelha  num campo florido, ou rodeada de flores brancas.
Mônada M17:
É um Elemental do reino do fogo que atua no reino das Almas.
Sua cor é o vermelho e o preto, ou uma mistura de ambas as cores.
É um Elemental regido pelos Orixás Ogum e Omulu.
Na Umbanda podemos afirmar que  este Elemental esta sob o domínio, por exemplo,  de um OGUM MEGÊ e daquelas entidades espirituais ligadas diretamente as qualidades destes dois  reinos.
Todas as entidades espirituais que se manifestam utilizando a nomenclatura de OGUM MEGÊ, OGUM NARUÊ, OGUM DE NAGÔ e todos os OGUNS ligados ao cemitério  e demandas,  possuem todo o conhecimento necessário para utilizarem a força espiritual destes elementais, são especialistas na manipulação destas forças e destes elementais.
Atua nos campos estruturais que necessitam da força e da magia, magia negra, mediunidade, na transformação, deterioração,  putrefação   etc...
Na magia umbandista podemos ampliar a ação deste Elemental utilizando, por exemplo, uma vela vermelha acesa sobre um pano preto ou uma vela preta acesa sobre um piso ou um pano vermelho, também podemos acender a vela  diretamente no cemitério.
Finalizamos este estudo inicial sobre os elementais pertencentes aos primeiro reino, o reino do fogo.
Ainda existe muita coisa para ser desvendada, estudada e compreendida.
Além dos aspectos que foram comentados acima, lembramos que estes elementais também estão presentes no corpo humano e cada um atuando em partes de um órgão ou sistema, seja no sangue, nos rins, no intestino na pele etc...
Mas este é outro assunto que em breve estaremos estudando.

Saravá Umbanda!

São Vicente, 07/02/2013
Manoel Lopes – Dirigente do Núcleo Mata Verde

Elementais e os Sete Reinos Sagrados

Estamos iniciando um novo ano, e estamos apresentando este novo texto para a reflexão de todos os umbandistas.
Em hipótese alguma apresentamos este trabalho como verdade definitiva, mas sim como uma hipótese  um elemento de estudo aos umbandistas deste terceiro milênio.

No instante da sua criação, a mônada espiritual, começa sua jornada evolutiva através dos sete reinos e em cada fase deste processo evolutivo recebe denominações diferentes.
Em termos bem simples podemos nomear as mônadas conforme sua atuação em cada um dos reinos.
Nos primeiros quatro reinos, a saber: Reino do Fogo, Reino da Terra, Reino do Ar e Reino da Água a mônada recebe a denominação de ELEMENTAL.
fada
Elemental em função da mônada, atuar em campos estruturais pertencentes aos primeiros quatro reinos, que recebem a mesma denominação dos quatro elementos de Aristóteles (Fogo, Terra, Ar e Água).
A origem da teoria dos quatro elementos, ao menos no ocidente, está na Grécia, entre os filósofos pré-socráticos. Entre eles, a origem da matéria era atribuída a um elemento diferente: ora o fogo, ora a água.
No entanto, é provável que essa discussão tenha vindo do oriente, onde encontramos, na China, a Teoria dos Cinco Elementos. Estes são, na verdade, elementos sutis, ou melhor, estados de mutação da matéria-energia.
Os escritos dos filósofos da Renascença, porém, levam a supor que o ocidente também via os elementos como forças sutis que se manifestariam através de transformações recíprocas.  É o que se depreende do texto enciclopédico de Cornelius Agrippa, De occulta philosophia. Esta forma de ver os elementos justifica a ligação entre astrologia e alquimia, que ocorria naquela época.
Também na Índia se vê a aplicação deste conceito de elementos que entram em partes equilibradas na composição da matéria, quando a medicina aiurvédica tenta equilibrar os três humores: vento, fogo e terra.
O nome de Elemental é dado então em função da mônada  atuar sobre reinos que possuem a mesma denominação dos quatro  elementos: ELEMENTAL => ELEMENTOS
À partir do reino da água as estruturas ficam mais complexas, aparecem na água os primeiros seres vivos e a partir deste reino até o reino das matas a mônada passa a receber a denominação de ELEMENTAR.
Recebe a denominação de Elementar devido a mônada passar a atuar em campos estruturais de seres mais complexos, mas ainda bastante ELEMENTARES. (Seres elementares)
Nos reinos da mata e da humanidade a mônada pode receber outras denominações, por exemplo: Almas grupo, Encantados naturais etc…
Quando a mônada espiritual atinge a etapa evolutiva do Reino da Humanidade, passa a atuar sobre estruturas mais complexas, passa a ser chamada de ESPÍRITOS e é nesta fase que se encontram todos os humanos, espíritos encarnados.
Naturalmente que nesta fase de espíritos, encontramos  várias denominações, de acordo com o grau evolutivo do espírito (mônada) e da sua atividade, comportamento etc…
Quando a mônada evolui da fase de espírito, ela deixa o Reino da Humanidade e passa a atuar diretamente no Reino das Almas.
Nesta fase evolutiva a mônada passa a receber várias denominações diferentes , que podem ser por exemplo: espíritos puros, mestres, santos, anjos, arcanjos, orixás etc… (Angelitude)
Nesta fase evolutiva a mônada atua sobre campos estruturais de maior complexidade e responsabilidade.
Não é possível determinar quando se inicia o processo evolutivo da mônada, sua data de criação, da mesma forma que não podemos determinar quando a mônada atinge seu ápice evolutivo, podemos afirmar que esta caminhada é eterna, pois o universo também evolui num processo continuo. (Teoria do Big Bang)
Durante todo este processo evolutivo  a mônada atua sobre campos estruturais diferentes , mantendo e criando estruturas, que podem ser de natureza material, etérica, mental, emocional e espiritual.
Vamos neste texto comentar sobre a fase evolutiva da mônada nos quatro primeiros reinos, onde ela recebe a denominação de ELEMENTAL.
Infelizmente a literatura existente é confusa e muito limitada, na maioria das vezes apresentando uma visão infantil sobre este estágio evolutivo e com  poucas informações.
Estágio este, que todos nós já passamos, em algum momento  da nossa caminhada evolutiva.
De acordo com Papus: “O caráter essencial dos elementais é animar instantaneamente as formas de substância astral que se condensa em volta deles. Seu aspecto é variável e estranho: ora são como uma multidão de olhos fixos sobre um indivíduo; ora são pequenos pontos fixos luminosos rodeados de aura fosforescente. Podem, ainda, parecer criaturas indefinidas, combinações de formas humanas com animais.”
É muito comum a literatura falando sobre silfos, salamandras, ondinas e Gnomos.
Não queremos neste texto tratar sobre rituais para invocação de elementais, nossa preocupação maior é despertar a consciência do umbandista para esta enorme quantidade de “seres” que atuam no universo e cotidianamente participam de nossas vidas sem que tenhamos consciência desta intervenção.
Este assunto foi desenvolvido no curso “A Evolução espiritual e os Sete Reinos Sagrados”, que se encontra disponível no módulo de ensino à distância do Núcleo Mata Verdewww.ead.mataverde.org
Podemos estudar de forma “racional” estas mônadas chamadas de elementais?
Quantas existem?
O que fazem?
Onde interferem?
Quais os espíritos que atuam sobre elas?
Quem são estes espíritos da natureza?
Estão subordinadas a quais Orixás, a quais hierarquias espirituais?
Verifiquem que existem muitas dúvidas, muitas perguntas e com certeza muitas respostas.
Para podermos adentrar neste mundo desconhecido, utilizamos no Núcleo Mata Verde um modelo doutrinário  que chamamos de Umbanda Os Sete Reinos Sagrados, que são fases da evolução do planeta Terra.
Se você ainda não conhece esta doutrina,  recomendamos o livro – Umbanda Os Sete Reinos Sagrados, Manoel Lopes, Ed.Ìcone e também o curso à distância “Umbanda Os Sete Reinos Sagrados” disponível no site www.ead.mataverde.org

Após esta breve apresentação do conceito de Elemental, que difere de Elementar, como mostrado acima,  iremos apresentar uma maneira simples de compreender  esta enorme quantidade de seres.
Sabemos que existem sete reinos, que são chamados de sete reinos sagrados e que nada mais são do que fases evolutivas do planeta Terra.
Estas sete fases são identificadas e aceitas pela ciência atual.
Sabemos também que atuam nestes sete reinos, sete hierarquias espirituais, que nada mais são do que as Sete Linhas da Umbanda.
Sabemos também que estes sete reinos geram sete tipos diferentes de forças primordiais, que chamamos de Tatá Pyatã, Yby Pyatã, Ybytu Pyatã, Y Pyatã, Caá Pyatã , Abá pyatã e Anga pyatã que em nossa linguagem se traduzem como força ígnea, força telúrica, força eólica, força hídrica, força vegetal e animal, força Hominal e força espiritual.
São estas diferentes forças primordiais combinadas que criam a grande diversidade de elementos existentes na natureza, na vida e na espiritualidade.
Estas forças podem se combinar gerando formas complexas de atuação material e espiritual, também gerando as diversas linhas de trabalhos existentes na umbanda e as diversas qualidades de orixás existentes no Candomblé.
Para facilidade de estudo iremos criar uma matriz numérica para facilitar o entendimento.
Faremos uma matriz agrupando os quatro reinos, onde a mônada recebe a nomenclatura de Elemental,  e os sete reinos sagrados com suas varias formas de expressão e manifestação.
Representaremos a mônada utilizando a letra “M” e cada reino será representado pelo número correspondente ao reino: fogo (1), Terra(2), Ar(3), Água(4), Matas(5), Humanidade(6), Almas(7).
Por exemplo:
M12 => representa uma mônada do reino do fogo (1) atuando no reino da Terra (2)
Vamos determinar inicialmente quantas mônadas podem existir nas condições apresentadas acima: Mônadas pertencentes aos quatro primeiros reinos ( 1,2,3,4) que atuam nos sete reinos (1,2,3,4,5,6,7)
Uma matriz 4×7
M11, M12, M13, M14, M15, M16, M17
M21, M22, M23, M24, M25, M26, M27
M31, M32, M33, M34, M35, M36, M37
M41, M42, M43, M44, M45, M46, M47
Verificamos que possuímos 28 tipos diferentes de mônadas atuando como elementais.
Seria este o limite máximo dos diferentes elementais?
A resposta é não, pois podemos combinar estes 28 princípios, gerando assim, muitas formas diferentes de elementais.
Qual o número total de combinações, que estas 28 princípios  podem fazer?
Existe um formula matemática de analise combinatória para calcular este valor.
O valor de  Cn,p conforme abaixo:
C28,2 = 378
C28,3 = 3.276
C28,4= 20.475
C28,5 = 98.280
C28,6 = 376.740
C28,7 = 1.184.040

Este valor vai aumentando até atingir C28,14=40.116.600
Estudar individualmente cada um destes 40.116.600  elementais, é uma tarefa impossível de ser realizada,  mas podemos estudar em detalhes cada um dos 28 elementais básicos.
O que faremos em outro texto, mas deixamos um convite para você  iniciar seus estudos a partir dos elementos fundamentais de cada reino, fazendo a livre associação entre os reinos combinados.
Abraços,
Saravá Umbanda!
São Vicente, 02/01/2013
Manoel Lopes – Dirigente do Núcleo Mata Verde

Elementais e os Sete Reinos – parte II

Iniciaremos este estudo com uma citação de Papus:
“O caráter essencial dos elementais é animar instantaneamente as formas de substância astral que se condensa em volta deles. Seu aspecto é variável e estranho: ora são como uma multidão de olhos fixos sobre um indivíduo; ora são pequenos pontos fixos luminosos rodeados de aura fosforescente. Podem, ainda, parecerem criaturas indefinidas, combinações de formas humanas com animais.”
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Papus  é considerado um dos maiores mestres  em magia e ocultismo,  no estudo dos  elementais é comum se fazer referência a seus textos.
Gérard Anaclet Vincent Encausse, conhecido nos meios místicos como Papus, foi um dos maiores estudiosos das ciências ocultas do século 19.
Médico que se tornou famoso no meio ocultista sob o pseudônimo de PAPUS, nasceu no dia 13 de julho de 1865, em Corunã-Espanha, sua genialidade e dedicação marcaram sua vida, e ele deixou um vasto conjunto de obras que abrangem os vários caminhos que levam o homem a se conectar à sua natureza divina.
Papus foi sem dúvida alguma um grande Mestre ocultista, escreveu mais de 160 títulos, entre livros, artigos, conferências, abordando tanto a medicina como o ocultismo.
Foi levado ao ocultismo por seu amigo Stanislas de Guaita e teve como iniciador o ilustre Marques Yves d’Alveydre. Mergulhou no esoterismo de corpo e alma. No inicio de suas pesquisas, foi atraído pela Teosofia e pela Metafísica oriental, porém, logo se afastou destes princípios, tornando-se um dos criadores da escola de ocultismo ocidental.  Foi reorganizador e presidente do Conselho Supremo da Ordem Martinista, presidente da Ordre Kabalistique de la Rose Croix, presidente da Sociedade Magnética da França e grão mestre de alguns ritos maçônicos.
É a partir desta citação de Papus que iremos continuar nossos estudos sobre os elementais na visão umbandista e principalmente na visão doutrinária dos sete reinos sagrados.

Para que não ajam dúvidas vamos resumir alguns pontos importantes, que foram estudados no texto anterior.

1)Estamos estudando os elementais, a partir de uma visão umbandista e que chamamos de doutrina umbandista dos Sete Reinos Sagrados.
Se você ainda não conhece a doutrina sugerimos, que leia outros textos que foram publicados aqui neste blog, ou através do estudo do livro Umbanda Os Sete Reinos Sagrados – Manoel Lopes, Ed.Ícone , caso tenha interesse em se aprofundar no estudo doutrinário, sugerimos os cursos à distância  oferecidos pelo Núcleo Mata Verde no site  www.ead.mataverde.org


2)É principio doutrinário a existência das sete linhas da umbanda, que refletem os sete reinos sagrados e que são manifestações das sete hierarquias espirituais.

3)Outro principio doutrinário é o caminho evolutivo único do espírito,que tem na sua criação a denominação de mônada espiritual.
Esta mônada atua sobre os sete reinos , sob a supervisão de espíritos superiores e Orixás,  é desta forma que se processa seu desenvolvimento espiritual. Chamamos este processo de Arapé – O Caminho da Luz.


4)Durante este processo evolutivo a mônada recebe várias denominações; quando já alcançou um determinado grau de independência e conhecimentos, atua no reino da Humanidade e recebe a denominação de espírito.
O Reino da Humanidade é o sexto reino, que é regido pelo Orixá Oxalá e que tem manifestação de uma força chamada de Abá Pyatã.


5)Quando começa sua jornada evolutiva, a mônada, atua sobre os primeiros quatro reinos: Reino do Fogo, Reino da Terra, Reino do Ar e Reino da água e nesta fase recebe a denominação de ELEMENTAL.

6)Doutrinariamente separamos a denominação de ELEMENTAL de ELEMENTAR (Vide texto citado anteriormente)

7)Chamamos de ELEMENTARES aquelas mônadas que atuam sobre campos estruturais de seres que ainda são bastante simples,ou seja,são seres elementares. Normalmente se manifestam a partir do quarto reino, que é o Reino da Água e do Reino das Matas.
Agora que relembramos alguns conceitos que foram estudados no texto anterior continuaremos nossos estudos, a partir da análise do texto apresentado no inicio deste artigo.

Vamos separar as características apresentadas por Papus:

1) O caráter essencial dos elementais é animar instantaneamente as formas de substância astral que se condensa em volta deles.
2) Seu aspecto é variável e estranho: ora são como uma multidão de olhos fixos sobre um indivíduo; ora são pequenos pontos fixos luminosos rodeados de aura fosforescente.
3) Podem, ainda, parecer criaturas indefinidas, combinações de formas humanas com animais.
Logo no primeiro item Papus afirma que a função dos elementais é animar as formas de substancia astral que  se condensa em volta deles.
Aqueles que já estudaram a doutrina dos sete reinos sagrados, já conhecem o conceito de CAMPO ESTRUTURAL.
O Campo Estrutural é um dos princípios fundamentais da doutrina umbandista seguida pelo Núcleo Mata Verde.
Ele é o responsável por todas as estruturas existentes em nosso mundo material e no mundo espiritual; no Aiyê e no Orun.
É o campo estrutural que organiza, ou estrutura a energia, moldando a matéria em suas múltiplas características, também é o responsável pelo corpo espiritual ou perispirito como é conhecido pelos espíritas.

Podemos afirmar que o Campo Estrutural é um duplo de tudo o que existe na dimensão física.
É também o Campo Estrutural o responsável pelas estruturas existentes na dimensão espiritual, sejam elas os hospitais espirituais, as colonias espirituais, o umbral, as regiões espirituais e como não poderia deixar de ser ARUANDA entre outras realidades espirituais.
Em outro texto estaremos comentando sobre ARUANDA, uma maravilhosa região espiritual, habitada por  todos aqueles que possuem afinidades com os princípios umbandistas.
Quando Papus diz  “animar instantaneamente as formas de substância astral que se condensa em volta deles” ,ele está dizendo que os elementais estão alimentando campos estruturais que se formam ao redor deles.
Os elementais também alimentam campos estruturais existentes nos sete reinos sagrados e na natureza, seja um campo estrutural de uma pedra, de uma chama, de uma ventania, de uma molécula  etc…
O conceito de campo estrutural pode receber vários nomes, podemos citar por exemplo:  MOB modelo organizador biológico e Campos Mórficos ou morfogeneticos.

O conceito e o termo “Campo Estrutural” foi apresentando pela primeira vez no livro Umbanda os Sete Reinos Sagrados – Manoel Lopes, Ícone Editora.
Ao analisarmos os itens dois e três percebemos que Papus apresenta, de forma bem simples, dois tipos de seres: (2) ora são pequenos pontos fixos luminosos rodeados de aura fosforescente e (3) Podem, ainda, parecer criaturas indefinidas, combinações de formas humanas com animais.
Embora Papus fale somente em  elementais, nós separamos os elementais dos elementares.
No item (2) “ora são pequenos pontos fixos luminosos rodeados de aura fosforescente”, este conceito é o que definimos como elementais e é o assunto deste texto.
No item (3) “Podem, ainda, parecer criaturas indefinidas, combinações de formas humanas com animais”, aqui definimos como seres elementares.
Esclarecida a diferença existente entre elementais e elementares é importante frisar a observação de Papus ao afirmar que estes seres podem se apresentar de “formas variadas e estranhas”, sendo impossível definirmos uma forma padrão para os elementais.
Papus afirma “são pequenos pontos fixos luminosos rodeados de aura fosforescente”, mas no conceito doutrinário umbandista, definimos elementais como Mônadas que atuam em conjunto, e que tem como principal objetivo alimentarem campos estruturais naturais.
Atuarem em conjunto significa uma verdadeira nuvem de mônadas alimentando campos estruturais organizadores das formas naturais.
Como estas mônadas são seres na fase inicial do processo evolutivo, são bem tênues, sua força vibracional é débil, sua vontade é fraca, sendo necessário a atuação em conjunto, formando nuvens com milhares, milhões, bilhões de mônadas para manterem estruturas simples que existem na natureza.
Não temos como precisar esta quantidade de mônadas  que formam estas nuvens, e praticamente é impossível individualizar uma única mônada na fase de Elemental.

Podemos agir sobre elas através do pensamento, através da força da nossa vontade (que é bem superior a de um alemental) e desta forma movimentar estas nuvens de elementais como desejarmos.
Vivemos rodeados de elementais e na umbanda, mesmo sem que saibamos utilizamos diariamente estes seres.
Esta é a base da magia Elemental, que será assunto de outro texto.
Podemos nomear estas  mônadas recém-criadas, estes elementais?
Sim, é possível e estaremos apresentando este assunto no próximo texto.

Abraços,

Saravá Umbanda!

São Vicente, 19/01/2013

Manoel  Lopes – Dirigente do Núcleo Mata Verde