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terça-feira, 24 de abril de 2012

Exu Meia Noite


 
Olá irmãos


Que a paz de Oxalá ersteja com todos, bem irmãos já falamos dos exus das matas, do mar, hoje falaremos dos exus do Fogo, todos são subordinados pela linha negativa de Xangô que o Exu Gira-mundo, os éspiritos destas falanges costumam ser galanteadores, grande manipuladores do fogo, do carma e da justiça divina, são alguns Exus do Fogo: Exu Brasa, Exu Mangueira, Exu Meia-Noite, Exu Vulcão, Exu Corcunda, Exu do Fogo, Exu Morcego, Exu Gira-Mundo entre tantos outros.

Exu da Meia Noite Pertence a linha negativa de Xangô, sendo serventia de Xangô Da Pedra Preta, Bebe licor,marafo,conhaque,uísque,Fuma charutos,cigarrilhas ,trabalha muito com as moças bonitas(como é chamada as pomba-giras).
Uma de suas visões astrais é de um homem, com uma longa capa escura em volto de si. Sua guia é preto e branco,mas muito trabalham com vermelho e preto também,trabalha com velas vermelhas,pretas,brancas ,principalmente com vermelhas. Sua historia é de que em sua útima encarnação ele tinha sido um rico barão,viveu em Santos,aos 40 anos ,foi a Portugal procurar uma esposa,que tinha 14 anos,casou-se com ela,em sua primeira transa ,ela era virgem,só em sua transa ,ela não sangrou,sendo que ele pensou que ela não era virgem.
Armou uma cilada pra ela,dizendo que ela tinha o traído,ela fugiu com índios ,sendo que ele para procurar ela matou quase uma tribo inteira de índios, quando ele a encontrou,ela tinha tido um filho dele.
Voltou a ficar com ela,depois de um tempo o filho dele morreu.
Não demorando muito tempo tiveram outro filho,que teve o mesmo destino do outro filho ,faleceu depois de uns anos.
Ele com remorso,contou a historia para sua esposa do que ele tinha armado ,ela o largou.
Foi morrendo aos poucos em cima de uma cama ,não comia,não tinha força mais pra se levantar,morreu aos poucos.
Sua história inteira esta no livro "O Guardião da Meia-Noite" de Rubens Saraceni, leiam este livro pois dizem que ele é muito bom.

domingo, 22 de abril de 2012

EXU MIRIM

7ª Falange ou Legião – Yariri – Exu Mirim
As Crianças Tanto na Esquerda Quanto na Direita , estão Associados as Mães.
Exu Mirim é um Mistério Natural Manifestado Por Deus .

Quem é , e o que Representa para a Umbanda o Exu Mirim?
Exu Mirim[ Serguith ], é o Travesso das Dimensões Negativas, que com sua Irreverência Resolve Qualquer Mal Entendido e Desmancha as Confusões. Guardião das Linhas das Águas, Trabalha junto com Exus, e de Preferência com as Pomba Giras. Ajuda a Abrir Caminhos, Desfazer os Malfeitos e Incentiva o Trabalho Social para Resgatar os que estão na Marginalidade. Fazem Par com os Erês nas Dimensões Negativas , As Meninas Apresentam-se Como Pomba Giras Meninas :
São Espíritos de Muita Luz e Sabedoria , Portadores de Mistérios dos Orixás , Nunca os Olhem Como: Engraçadinhos , Coitadinhos e Divertidos.
Exu Mirim Pólo Equilibrador Entre a Direita e a Esquerda , Atuam Como Agente Atrasador da Evolução , Faz o Ser Regredir vai Fechando as Faculdades por Mal Uso da Mesma Tanto no Material como no Espiritual.
Quando Erramos Em Nossa Vida , Sofremos uma Regressão ( Lei de Causa e Efeito),Sejam Umbandista , Espiritualistas ou Pessoas Comuns , essa Regressão e Feita por Exu Mirim , Quando Estamos no Caminho Certo de Vida Agem Como Agentes Evolutivos.
-O Recomeço da Vida , e o Plano de Atuação após essa Regressão e Feita por Exu.
Exu Mirim Elemento Regredi dor de Nossas Vidas.
Exu Elemento Vitaliza dor , Dando continuação aos Caminhos da Vida ou do Recomeço de Vida.
Obs: Deus Não é Impiedoso , Deus não Pune e Nem Castiga , O que Existe sim é a Conscientização ou Regressão dos Caminhos de Vida , Por Acertos ou Erros Como já Disse Lei de Causa e Efeito , e Nossas Entidades e Divindades Estão ai para nos Fazer Cumprir as Leis.
Apresentação:
Apresenta-se sempre na forma e com roupagem de criança travessa , Gostam da Cor Vermelho e Preto.
Obs; É justamente a falange de exu mirim que As Vezes se introduz nas `Ibeijadas ́fazendo se passar por eles.
Campos de Força:
Encruzas Próximas a Praia (Sempre a primeira Vindo da Linha da Praia para as Ruas)
Encruzas em Y
E os descampados
Seu Dia :
Muito Homenageado no dia 06/01 Dia de Reis.

Seus Gostos:
Gostam de Doces Escuros :
Chocolates: Cigarrinhos de Chocolates , Chocolates Com Licores por dentro , Doce de Bananas , Teta de Nega Etc...
Também Gostam de Moedas
Bebidas:
Guaraná com um Pouco de Conhaque
Coca cola com Pinga
As vezes Acrescentam um Pouco de mel nas Misturas.

Algumas Considerações sobre Exu - Mirim

Na religião de Umbanda existe uma linha muito pouco comentada e compreendida, sendo por isso mesmo muitas vezes deixada "de lado" dentro dos centros e terreiros. É a linha de Exu Mirim.
Tabu dentro da religião, muitos poucos trabalham com essas entidades tão controvertidas e misteriosas, chegando ao ponto de, em muitos lugares, duvidar - se muito da existência deles.
Na verdade, Exu Mirim é mais uma linha de esquerda dentro do ritual de Umbanda, trabalhando junto com Exu e Pombagira para a proteção e sustentação dos trabalhos da casa. Não aceitar Exu Mirim é proceder como em casas que não aceita - se Exu e Pombagira, mas que a partir do astral e sem que ninguém perceba, recebem a sua proteção. Afinal, "se sem Exu não se faz nada, sem Exu Mirim menos ainda".
Não nos chega dentro da cultura dos Orixás (nagô) um culto a uma divindade ou “Orixá Exu – Mirim”, assim como não nos chega a existência de um “Orixá Pombagira”. Apesar disso, sabemos da existência de um Trono responsável pela força e vigor na Criação (Exu/Mehor Yê), assim como existe uma divindade - trono responsável pelo estímulo em toda a Criação (Pombagira/Mahor Yê). Sendo assim, também existe uma divindade fechada e não revelada, que sustenta a força da linha de Exu – Mirim. Seria o “Orixá Exu – Mirim” responsável por criar meios ou situações para o desenvolvimento do intelecto e o amadurecimento das pessoas (fator complicador). Dessa forma, enquanto Exu vitaliza os sete sentidos da vida e Pombagira estimula – os, Exu – Mirim traz situações e “complicações” para que utilizando o vigor e estimulados possamos vencer essas situações e evoluirmos como espíritos humanos.
Dentro da Umbanda não acessamos nem cultuamos diretamente o Orixá – Mistério Exu, mas sim o ativamos através de sua linha de trabalho formada por espíritos humanos assentados a esquerda dos Orixás. Também assim fazemos com o mistério Exu – Mirim, pois o acessamos através da linha de trabalho Exu – Mirim, formada por "espíritos encantados" ligados a essa divindade regente.
Os Exus Mirins (entidades) apresentam - se como crianças travessas, brincalhonas, espertas e extrovertidas.
Apesar de serem bem “agitados”, sua manifestação deve estar sempre dentro do bom - senso, afinal dentro de uma casa de luz, uma verdadeira casa de Umbanda, eles sempre manifestam - se para a prática do bem sobre comando direto dos Exus e Pombagiras
guardiões da casa.
Podemos dizer que os Exus e Pombagiras estão para os Exus - Mirins como os Pretos - velhos estão para as crianças da Linha de Cosme e Damião.
Trazem nomes simbólicos análogos aos dos "Exus - adultos", demonstrando seu campo de atuação, energias, forças e Orixás a quem respondem. Assim, temos Exus - Mirins ligados ao Campo Santo: Caveirinha, Covinha, Calunguinha, Porteirinha, ligados ao fogo: Pimentinha, Labareda, Faísca, Malagueta, ligados a água: Lodinho, Ondinha, Prainha, entre muitos e muitos outros, chegando ao ponto de termos Exus - Mirins atuando em cada uma das Sete Linhas de Umbanda.
Quando respeitados, bem direcionados e doutrinados pelos Exus e Pombagiras da casa, tornam – se ótimos trabalhadores, realizando trabalhos magníficos de limpeza astral, cura, quebras de demandas, etc. Utilizam – se de elementos magísticos comuns à linha de esquerda, como a pinga (normalmente misturado ao mel), o cigarro, cigarrilhas e charutos, a vela
bicolor vermelha/preta, etc.
Uma força muito grande que Exu – Mirim traz, é a força de “desenrolar” a nossa vida (fator desenrolador), levando todas as nossas complicações pessoais e “enrolações” para bem longe. Também são ótimos para acharem e revelarem trabalhos ou forças "negativas" que estejam atuando contra nós, "desocultando -as" e acabando com essas atuações.
A Umbanda vai além da manifestação de espíritos desencarnados, atuando e interagindo com realidades da vida muitas vezes inacessíveis a espíritos humanos. Exu – Mirim muitas vezes tem acesso a campos e energias que os outros guias espirituais não têm.
Lembrem – se que a Umbanda é a manifestação de “espírito para a caridade” não importando a forma ou o jeito de sua manifestação.
Para aqueles que sentirem – se afim com a força e tiverem respeito, com certeza em Exu – Mirim verão uma linha de trabalho tão forte, interessante e querida como todas as outras.

Pai e Mãe de Cabeça, Orixá de Frente e Juntó

Fomos Fatorados por um Trono, pelo Orixá Ancestral, que nos dará uma natureza, um DOM DIVINO. Esse Dom fluirá naturalmente por nós durante toda a nossa existência, o Dom da Fé, o Dom do Amor, etc...

Durante as encarnações, um orixá de Frente e um juntó, irradiarão suas vibrações o tempo todo (Obsessão Divina) para “aprendermos” aquele Dom ou Qualidade que não possuímos ou que estamos em carência, até que possamos irradiá-los. A Meta da encarnação é internalizar estas qualidades e irradiá-las.

Por exemplo: Se já possuímos uma natureza ancestral da Fé, receberemos, nesta encarnação, a vibração do conhecimento, para que possamos internalizar e passar a irradiar o conhecimento nos assuntos da fé, ou seja, tornar-se um doutrinador.
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O ORIXÁ DE FRENTE atua em nosso racional. É a natureza do Orixá de Frente que mostramos para o mundo, de como as pessoas nos vêem. Se tenho Yansã de frente, as pessoas me verão com as qualidade de Yansã: guerreira, encrenqueira, expansiva, etc.... Nossa busca, nossa “missão” é internalizar estas qualidades.

O ORIXÁ ANCESTRAL (Pai ou Mãe de Cabeça) se mostrará na nossa natureza, internamente. Se possuo Oxum de ancestre, posso me mostrar forte (Yansá de Frente) mas no fundo sou sensível.

O JUNTÓ trará o equilíbrio e atuará no emocional. Se em uma situação as pessoas me vêem agitada (Yansã de Frente), no fundo estarei sensível (Oxum de Ancestre) mas reagirei friamente (Oyá Tempo de Juntó)


Se tenho o Dom da Fé (Oxalá de Ancestre) nessa encarnação irei buscar o conhecimento da fé (Oxossi de frente) de forma a unir as pessoas (oxum no junto) – Usando a razão, unirei as pessoas por um ideal.

Pomba Gira

Pomba Gira são  entidades espirituais imensamente faladas, e sobre as quais versa imensa controvérsia e debates religiosos.
Há quem afirme que Pomba Gira é uma entidade espiritual que assiste apenas a trabalhos Kimbanda, ( o que nas versões européias da bruxaria, corresponde á magia negra), ao passo que muitos afirmam que Pomba Gira assiste tanto á linha Umbanda , ( que no esoterismo europeu corresponde á Magia branca), como Kimbanda. Outros ainda, defendem que Pomba Gira é uma entidade espiritual chamada essencialmente a trabalhos esotéricos daquilo a que na magia ocidental se chama de magia vermelha.
Seja como for, muitos professam  que Pomba Gira é simplesmente uma entidade espiritual ligada ao mundo terreno, ao passo que outros afirmam que pomba gira é um Exu.
Um Exu é um Orixá africano, ou seja: um mensageiro entre o mundo terreno e o mundo espiritual, ou seja: entre o céu e a terra, que na teologia crista,  que igualmente corresponde Orun e  Aiye, nas religiões Africanas.
Nas mitologias ocidentais, a figura de um Orixá poderia ser vista com alguma latitude de interpretações: alguns defendem que é um Deus, outros que um anjo.
È a este mensageiro, (Orixá),que no decorrer de um processo místico, ( seja de contacto com espíritos, seja de encomenda de serviços), todas as oferendas devem cerimoniosamente ser dedicadas, a fim de garantir que o trabalho espiritual realizado decorra com sucesso.
Exu é um Orixá de temperamento vivo e brincalhão. Exu também é conhecido por possuir um voraz apetite sexual. Exu gosta das coisas carnais e dos prazeres deste mundo, é luxurioso, por vezes indecoroso e provocador. Exu é astuto como a serpente, e por todos esses motivos, os primeiros Cristãos a contactar com os povos Africanos, encararam esta divindade, (representada pelo falo erecto, um símbolo da fertilidade), como a incarnação de Satanás junto dos povos africanos. Por esse motivo, os cultos ligados a Exu foram fortemente reprimidos, e a religião Africana acabou encontrando formas de secretamente perpetuar as suas crenças, ao associar figuras da teologia Crista, ( anjos, santos, santas, etc), a entidades do seu próprio culto religioso. Dessa forma, os padres e missionários cristãos achavam ter conseguido uma plena conversão dos povos colonizados quando observavam os rituais nativos de veneração a essa fugiras cristas, desconhecendo que secretamente se estavam a perpetuar as crenças religiosas originais.
Pomba gira é vista como um Exu feminino, um mensageiro entre este mundo e o mundo espiritual, um espírito, ( que nas religiões Abraamicas do deserto seria certamente visto como um anjo), de forte e vincada personalidade.
Pomba gira é um espírito feminino também de luxúria, sendo que todos os prazeres e coisas deste mundo lhe são agradáveis.
Muitos crentes, afirmam que pomba gira não é uma entidade, mas sim um conceito que serve para identificar uma certa categoria de espíritos.
Há quem também afirme que os espíritos chamados «pomba gira», são espíritos de mulheres que em vida foram amantes, prostitutas, ou simplesmente mulheres especialmente ligadas ao prazer das coisas da carne, e que morrendo se transformam em poderosas entidades espirituais.
Estes espíritos femininos, são capazes tanto de um grande mal , ( desviar comportamentos sexuais, causar tentações, separar casais, concretizar cruéis vinganças, separar famílias, etc), como de um grande bem ( unir casais, salvar casamentos, devolver harmonia ao lar, etc).
Sendo espíritos de mulheres falecidas, essas entidades tendem a reencarnar periodicamente neste mundo. As que ainda não reencarnaram, tendem a procurar médiuns com os quais se possam relacionar e assim incorporar temporariamente.
Normalmente um espirito Pomba Gira incorpora numa mulher, embora haja casos em que se afirma que tal sucede em homens. Afirma-se também que nesses casos, a fortíssima influencia espiritual de pomba gira num homem, poderá distorcer a sua orientação sexual, mas tal não se encontra provado.
Afirma-se na teologia Umbanda e Kimbanda, que Pomba-Gira, ( o conceito que serve para distinguir toda uma linhagem de espíritos feminis), constitui na verdade uma enorme legião, subdividida em ramos distintos: existem pombas giras ligadas ás encruzilhadas, ( Pomba Gira das 7 encruzilhadas), bem como pombas giras ligadas a locais ermos, ( Pomba Gira Maria Mulambo), como pombas giras relacionadas com ciganas, ( pomba gira Cigana), como pombas giras afetas aos cemitérios, ( pomba gira Calunga)
No decorrer de um processo espiritual, milhares de pessoas já afirmaram ter visto os seus desejos concretizados através deste tipo de entidade, ao passo que outras viram todo o tipo de alterações milagrosas suceder na sua vida.
As oferendas realizadas a pomba gira, são: charutos, bebidas fortes, cigarros de boa qualidade, flores vermelhas, espelhos, jóias bonitas e brilhantes, licores, bijuterias, perfumes e tudo aquilo que um espirito feminino adora.
Os locais de oferenda, variam consoante a natureza da pomba gira em questão.
As pomba gira são entidades espirituais de forte personalidade, pelo que jamais se poderá quebrar a palavra dada, nem violar os termos de uma instrução, nem mostrar desrespeito. Qualquer uma dessas falhas, pode resultar em trágica conseqüência. 
Contam os crentes, que em certas noites, podemos ouvi-las cantando e dançando nos locais mais inesperados, ( lugares ermos, cemitérios), e sentir o perfume doce e feminino das suas presenças invisíveis. Nessas noites, convém afastar-se rapidamente desse local, sem olhar para traz, com todo o respeito e discrição, respeitando a intimidade dessas valorosas Exu femininas.

sábado, 21 de abril de 2012

Exu na Umbanda

 
Antes de se irritar com a ignorância do outro, certifique-se de ter sido um bom instrutor.
Maria Padilha das Sete Encruzilhadas
Mais uma vez gostaríamos de ressaltar que não é nosso objetivo aqui passar "fórmulas mágicas" do tipo: "Sua vida vai mal? Faça um "agrado" prá seu Exu (ou Pomba Gira)".
Não meu amigo (a)... não é esta a nossa proposta. Muito pelo contrário... a nossa proposta é justamente ajudar a desmistificar tudo isto. É entrar na luta, junto com outros irmãos umbandistas sérios, independentemente da ritualística praticada, e mostrar que Umbanda de Verdade nada tem a ver com "trabalhinhos" que no final das contas só "agradam" a obsessores (kiumbas)... que podem até dar a você a falsa impressão de "melhora", mas estão apenas preparando o terreno para sugar suas energias mais tarde, cobrando cada vez mais e mais... pois são insaciáveis no seu desejo de fazer o mal. ISTO NÃO É NEM NUNCA FOI UMBANDA!
Lamento desapontá-lo(a) mas você não verá isso acontecendo em nenhum VERDADEIRO TERREIRO DE UMBANDA!
Não existe isso de que Exu tanto faz o mal como o bem e que depende de quem pede. Isso simplesmente não tem lógica alguma. Se não concorda me responda o seguinte: Como Orixá iria "colocar" Exu como Guardião se ele não fosse confiável? Se ele se "vendesse" por um despacho, por cachaça, bichos, velas e outros absurdos que vemos nas encruzilhadas?
Além do mais Exu não é idiota. Se até uma criança sabe o que é "certo" e o que é "errado" Exu não vai saber?
Exu e Pomba Gira são espíritos em busca de evolução e compromissados com a espiritualidade superior. Agora, o que tem de obsessor que se faz passar por Exu e Pomba Gira não está no gibi! E a culpa é de quem? Dos médiuns inviligantes e trapaceiros! Que usam a sua mediunidade a serviço do astral inferior!
Francamente!! São absurdos como esses que fizeram com que a Umbanda e os Exus e Pomba Giras fossem tão execrados por outras religiões!
Para começo de conversa, na Umbanda não há matança de animal e nem trabalho de amarração. Não fazemos trabalhos para trazer a pessoa em "X" dias de volta. Fuja correndo de quem cobra por consultas ou trabalhos. Na Umbanda não existe nenhum tipo de cobrança.
Não existe barganha na espiritualidade superior! Existe na inferior. Se você estiver disposto(a) a pagar o preço, que pague. Mas não diga que foi na Umbanda que você fez esse tipo de coisa. Mesmo que o dono do lugar se diga de Umbanda e se apresente como Pai no Santo.
Lembre-se sempre: a Umbanda é Caridade!



Exu é um dos grandes pontos de conflito na UMBANDA com relação a outras religiões, por falta de entendimento, pela ignorância e pelo preconceito.



Muitos acreditam que nossos amigos Exus são Demônios, maus, ruins, perversos, que bebem sangue e se regosijam com as desgraças que podem provocar (Stephen King perto deles é um pobre inocente).
É necessário entender que no sincretismo afro-católico (imposto num processo de aculturação dos Negros pelos padres Católicos) os Orixás foram associados aos Santos Católicos, inclusive Exu, que é representado por Santo Antônio (Santo Antônio de Pemba, Santo Antônio de Ouro Fino, etc.). Mas Porquê este Orixá, irmão de Ogum, animado, gozador, alegre, extrovertido, sincero e sobretudo amigo, foi comparado com o Diabo das profundezas macabras dos INFERNOS? Bem, para conhecer está história vamos viajar para 6.000 anos atrás, local, Mesopotâmia.
A Demonologia Mesopotâmica influenciou diversos povos: Hebreus, Gregos, Romanos, Cristãos e outros. Sobrevive até hoje nos rituais Satânicos que muitos já devem ter escutado e visto notícias na televisão e lido nos jornais nacionais e internacionais, principalmente na Europa e EUA.
Na Mesopotâmia os males da vida que não constituíssem catástrofes naturais eram atribuídas aos Demônios ( No mundo atual as pessoas continuam a fazer isso). Os Sacerdotes, para combater as forças do mal, tinham que conhecer o nome dos Demônios e perfaziam enormes listas, quase intermináveis. O Demônio mau era conhecido genericamente como UTUKKU. O grupo de 7 (sete) Demônios maus é com freqüência encontrado em encantamentos antigos. Se dividiam em Machos e Fêmeas. Tinham a forma de meio Humano e meio Animal: Cabeça e tronco de Homem ou Mulher, cintura e pernas de cabra e garras nas mãos. Com sede de sangue, de preferência Humano, mas aceitavam de outros animais. Os Demônios freqüentavam os túmulos, caminhos (encruzas), lugares ermos, desertos, especialmente a noite.
Nem todos eram maus, haviam os Demônios Bons que eram envocados para combater os Maus. Demônios benignos são representados como gênios guardiões, em número de 7 (sete), que guardam as porteiras, portas dos templos, cemitérios, encruzas, casas e palácios.
Bom, os Negros africanos em suas danças nas senzalas, nas quais os brancos achavam que eram a forma deles saudarem os Santos, incorporavam alguns Exus, com seu brado e jeito maroto e extrovertido assustavam os brancos que se afastavam ou agrediam os Negros escravos dizendo que eles estavam possuídos por Demônios.
Com o passar do tempo, os brancos tomaram conhecimento dos sacrifícios que os Negros ofereciam a Exu, o que reafirmou sua Hipótese de que essa forma de incorporação era devido a Demônios.
Assim, como Exu não é bobo, assumiu, sem dizer que sim ou que não, esse estereótipo colocado pelo branco.
As cores de Exu, também reafirmaram os medos e a fascinação que rondavam as pessoas mais sensíveis.
Assim, o que aconteceu foi uma associação indevida, maldosa, entre aos Demônios Judaico-Cristãos e os Exus Africanos, simplesmente por similaridades em relação a cores, moradas, manifestação de personalidade, etc. Isso com o tempo foi caindo no gosto popular, na psique de pessoas mentalmente e espiritualmente pertubadas e comesu a se construir "a visão real", de que Exu é o Demônio.
Muitos médiuns despreparados ou anímicos, ou pertubados mental e espiritualmente, recebiam Exus que diziam-se Demônios. Nessa onda de horror ou de terror, alguns autores Umbandistas do passado, por falta de conhecimento ou por ignorância, fizeram tabelas de "nomes cabalísticos dos diabos", associando esses nomes aos Exus de Umbanda, como: Exu Marabô ou diabo Put Satanaika, Exu Mangueira ou diabo Agalieraps, Exu-Mor ou diabo Belzebu, Exu Rei das Sete Encruzilhadas ou diabo Astaroth, Exu Tranca Ruas ou diabo Tarchimache, Exu Veludo ou diabo Sagathana, Exu Tiriri ou diabo Fleuruty, Exu dos Rios ou diabo Nesbiros e Exu Calunga ou diabo Syrach. Sob as ordens destes e comandando outros mais estão: Exu Ventania ou diabo Baechard, Exu Quebra Galho ou diabo Frismost, Exu das Sete Cruzes ou diabo Merifild, Exu Tronqueira ou diabo Clistheret, Exu das Sete Poeiras ou diabo Silcharde, Exu Gira Mundo ou diabo Segal, Exu das Matas ou diabo Hicpacth, Exu das Pedras ou diabo Humots, Exu dos Cemitérios ou diabo Frucissière, Exu Morcego ou diabo Guland, Exu das Sete Portas ou diabo Sugat, Exu da Pedra Negra ou diabo Claunech, Exu da Capa Preta ou diabo Musigin, Exu Marabá ou diabo Huictogaras, e o nosso Exu-Mulher, Exu Pombagira, simplesmente Pombagira ou diabo Klepoth. Mas há também os Exus que trabalham sob as ordens do orixá Omulu, o senhor dos cemitérios, e seus ajudantes Exu Caveira ou diabo Sergulath e Exu da Meia-Noite ou diabo Hael, cujos nomes mais conhecidos são Exu Tata Caveira (Proculo), Exu Brasa (Haristum) Exu Mirim (Serguth), Exu Pemba (Brulefer) e Exu Pagão ou diabo Bucons.
Comerciantes inescrupulosos ou, simplesmente, ignorântes, criaram imagens de Exus como diabos, cada vez mais estranhos e aterradores (cifres, rabos, partes de animais ...). construindo no imaginário de muitos médiuns e da população Brasileira, um esteriótipo de Exu = Diabo, Exu = Satanás, Exu = Coisa Ruim.
Hoje em dia as casas de Umbanda (centros, terreiros, tendas ...), pelos estudos, pelo conhecimento e pela orientação dos reais Exus, estão abolindo essas imagens e condenando seu uso. Assim como, recriminando médiuns e supostas entidades que se manifestam dessa maneira dentro dos Terreiros. Porém, o mal foi feito, o esteriótipo atingiu o psique das mentes mais fracas e, muitas vezes, vemos em certos canais de televisão que fazem programas religiosos, a invocação dessas aberrações e a indevida associação aos Exus de Umbanda. O que podemos dizer é que quem invoca a Deus, Deus o tem; quem invoca do Diabo, o diabo o tem.
Algumas correntes religiosos estão alimentando na população que participam de seus ritos, a visão de que a culpa para a masela de suas vidas são os Diabos, os Exus, que vêm babando, cam as mãos tortas, grunindo, gritando ( "vou levar, vou levar ... !!!"), todos tortos e formatados dentro de um psique moldado e caricato.
Essas religiões e/ou seitas, estão alimentando o medo, a ignorância, o preconceito, a discriminação e a ilusão de que a culto pela dor alheia é caisado pela Umbanda e pelos seus guias, principalmente os Exus. Então fiquem sabendo que isso é mentira, é ilusão é ignorância.
Exu combate o mal, ele devolve o que mandam de ruim, é justo, tem eqüidade em suas decisões e em seus trabalhos. Ele não é, e nunca foi o diabo.


Mas então quem é EXU?



Ele é o guardião dos caminhos, soldado dos Pretos-velhos e Caboclos, emissário entre os homens e os Orixás, lutador contra o mau, sempre de frente, sem medo, sem mandar recado.
Exu não faz mau a ninguém, mas joga para cima de quem merece, quem realmente é mau o mau que essa pessoa fez a outra. Ele devolve, as vezes com até mais força, os trabalhos que alguns fizeram contra outros. Por isso, algumas pessoas consideram esse Orixá malvado.
Existem entidades que se dizem Exu e que fazem somente o mau em troca de presentes aos seus médiuns ou por grandes e custosas obrigações, serviços. Não se engane, Exu que é Exu, não faz mau, a não ser com quem merece e além disso, quando ajuda a uma pessoa não pede nada em troca, a não ser que a pessoa tome juízo, se comporte bem na vida, acredite em Deus e tenha fé.

 Exu, O Guia.

Existem dois portadores do nome Exu. Um é o Orixá Exu. O outro, são os Guias chamados de Exu (espíritos, muitos, não mais reencarnacionais) que vêm na emanação principal de Exu (O Orixá) que lhes deu suas características, seus gostos, seus hábitos. Porém, esses Exus, também são subordinados a um Orixá regente, que pode ser Omulu, Xangô, Oxossí, ...
Correntes antigas, Esotéricas, montaram uma hierarquia para os Exus (Guias), relacionando 7 (sete) Exus (Guias) principais, considerados como os 7 (sete) chefes de Legião, que comandam e coordenam outros Exus (Falanges), sendo que cada um de seus comandados também comandam mais 7 (sete), seguindo uma ordem hierárquica de cima para baixo de 7 (sete) em 7 (sete).
São eles os 7 (sete) Exus guardiões ou principais:
  • Sr. Sete Encruzilhadas;
  • Sr. Marabô;
  • Sr. Tranca Ruas;
  • Sr. Tiriri;
  • Sr. Gira Mundo;
  • Sr. Veludo;
  • Sra. Pomba Gira ou Bombo Gira.
Cada um desses amigos trabalha dentro das 7 (sete) linhas da UMBANDA, lutando contra o mal e ajudando as pessoas.


Seu jeito e seu trabalho.


Exu gosta de rir, brincar com as pessoas, dizer alguns palavrões, nem todos fazem isso, ser franco e direto, não faz rodeios nem mente. Gosta de beber e fumar, ao contrário do que muitos pensam a bebida e o fumo são peças de aproximação, fazendo com que as pessoas se identifiquem, fiquem mais descontraídas como se estivessem em uma festa. Caso não tenha bebida, ou fuma, ele trabalha do mesmo jeito, porque sua finalidade e ajudar àqueles que precisam.
Alguns Exus foram pessoas como: Políticos, Médicos, Advogados, Trabalhadores, Vadios, Prostitutas, Pessoas comuns, Padres, etc. Que cometeram alguma falha e escolheram, ou foram escolhidos, a vir nessa forma para redimir seus erros passados, outros, são espíritos evoluídos que escolheram ajudar e continuar sua evolução atendendo e orientando as pessoas e combatendo o mal. Assim, quem diz que os Exus são Demônios, na concepção de que são ruins, ou espíritos sem luz, baixos, não sabe o que está dizendo, ou não conhecem a história de cada Exu, os porquês de sua ritualística, seu modo de trabalho ou sua missão. Não se julga um livro por sua capa ou a pessoa pela sua aparência!
Em seus trabalhos Exu corta demandas, desfaz trabalhos e feitiços e magia negra, feitos por espíritos malignos. Ajudam nos descarregos retirando os encostos e espíritos obsessores e os encaminhando para luz ou para que possam cumprir suas penas em outros lugares do astral inferior.
Seu dia é a Segunda-feira, sua bebida, cada um tem a sua, sua roupa, quando lhe é permitido tem cores preta e vermelha. Não aceita sacrifícios de animais, mas se a pessoa quiser acender uma vela (preta e vermelha) na encruza, colocar charutos ou cigarros, cachaça ou outra bebida de agrado é bem vindo. Pode-se colocar, também, rosas para as pomba giras com champanhe, pois elas gostam.
Assim é Exu.

As Vezes temido, as vezes amado, mas sempre alegre, honesto e combatente da maldade no mundo.

 

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Você sabe o que é energia vital?



No meio do peito, bem atrás do osso onde a gente toca quando se diz "eu", fica uma pequena glândula chamada timo.
Seu nome em grego é thýmos e significa energia vital. É precisa dizer mais?

Precisa, porque o timo continua sendo um ilustre desconhecido. Ele cresce quando estamos contentes, encolhe pela metade quando nos enervamos e mais ainda quando adoecemos.

Essa característica iludiu durante muito tempo a medicina, que só conhecia através de autópsias e sempre o encontrava encolhidinho.
Supunha-se que atrofiava e parava de trabalhar na adolescência, tanto que durante décadas os médicos americanos bombardeavam timos adultos perfeitamente saudáveis com mega doses de raios X achando que seu "tamanho anormal" poderiam causar problemas.

Mais tarde a ciência demonstrou que, mesmo encolhendo após a infância, continua totalmente activo; é um dos pilares do sistema imunológico, junto com as glândulas drenais e a espinha dorsal, e está directamente ligado aos sentidos, à consciência e à linguagem.
Funciona como se fosse uma central telefônica por onde passam todas as ligações, faz conexões para fora e para dentro.
Se somos invadidos por micróbios ou toxinas, reage produzindo células de defesa na mesma hora.
Também é muito sensível a imagens, cores, luzes, cheiros, sabores, gestos, toques, sons, palavras, pensamentos, …Amor e ódio o afectam profundamente.
As ideias negativas têm mais poder sobre ele do que os vírus ou bactérias. Já que, as ideias, não existem em forma concreta, o timo fica tentando reagir e enfraquece, abrindo brechas para sintomas de baixa imunidade, tais como herpes
Em compensação, ideias positivas conseguem dele uma activação geral, com todos os poderes, lembrando a fé que remove montanhas.

O teste do pensamento:
Um teste simples pode demonstrar essa conexão.
Feche os dedos, polegar e indicador na posição de O.K., aperte com força e peça para alguém tentar abri-los enquanto você pensa " estou feliz".
Depois repita pensando " estou infeliz".

A maioria, das pessoas, conserva a força nos dedos com a ideia feliz e enfraquece quando pensa infeliz (substitua os pensamentos por uma bela sopa de legumes ou um lindo sorvete de chocolate para ver o que acontece...).
Esse mesmo teste serve para lidar com situações bem mais complexas, por exemplo: quando o médico precisa de um diagnóstico diferencial, seu paciente tem sintomas no fígado que tanto podem significar câncer quanto abcessos causados por amebas. Usando lâminas com amostras, ou mesmo representações gráficas de uma e outra hipótese, testa a força muscular do paciente quando em contacto com elas e chega ao resultado.
As reacções são consideradas respostas do timo e o método, que tem sido demonstrado em congressos científicos, em vários países, já é ensinado na Universidade de São Paulo (USP) a médicos que trabalham com acupunctura.
Um detalhe curioso é que o timo fica encostado ao coração, que acaba ganhando todos os créditos em relação a sentimentos, emoções, decisões, jeito de falar, jeito de escutar, estado de espírito...
“Fiquei de coração apertadinho”, por exemplo, revela uma situação real do timo, que só por reflexo envolve o coração.

O próprio chacra cardíaco, fonte energética de união e compaixão, tem mais a ver com o timo do que com o coração e é nesse chacra que, segundo os ensinamentos budistas, se dá a passagem do estágio animal para o estágio humano.

"Lindo!", você pode estar pensando, "mas e daí?".
Daí que, se você quiser, pode exercitar o timo para aumentar sua produção de bem-estar e felicidade.
Como? Pela manhã, ao levantar, ou à noite, antes de dormir

a).. Fique de pé, os joelhos levemente dobrados. A distância entre os pés deve ser a mesma dos ombros. Ponha o peso do corpo sobre os dedos e não sobre os calcanhares, e mantenha toda a musculatura bem relaxada.
b).. Feche uma das mãos e comece a dar pancadinhas contínuas com os nós dos dedos no centro do peito, marcando o ritmo: uma forte e duas fracas.
Continue entre três e cinco minutos, respirando calmamente, enquanto observa a vibração produzida em toda a região torácica.
O exercício estará atraindo sangue e energia para o timo, fazendo-o crescer em vitalidade e beneficiando também pulmões, coração, brônquios e garganta. Ou seja, enchendo o peito de algo que já era seu e só estava esperando um olhar de reconhecimento para se transformar em coragem, calma, nutrição emocional, abraço.

Ótimo, íntimo, cheio de estímulo. Bendito Timo!

sábado, 14 de abril de 2012

Entendendo uma Gira de Umbanda


Certamente a muitos é estranho entrar num terreiro e assistir uma gira, orar aos Orixás para
que seus problemas sejam resolvidos. Mas como isto funciona?
A Umbanda desde que se iniciou, e isto já é um ponto a considerar, rapidamente se
enquadrou dentro do contexto nacional brasileiro. É incrível a rapidez com que se propagou, e o
interesse que tem causado a outras nações do mundo, sendo alvo de estudos, até de teses de pósgraduação
em psicologia, onde tentam por vários meios explicar um fenômeno, que facilmente se
conclui pertencer a outras esferas de atividades da vida.
Observando-se o contexto nacional, a impressão que temos é que a consciência coletiva
chegou a um ponto que não pode mais ser contida. Compreendemos como consciência coletiva, o
somatório de consciências voltadas para um mesmo fim com laços kármicos. Além do mais, a
Umbanda é uma religião que reúne elementos culturais do nosso país, envolvendo diferentes raças e
credos do mundo.
Pela rapidez com que se instalou em nossas vidas, pela simplicidade que lhe é própria, pelos
ensinamentos que as entidades que se apresentam como trabalhadores de Umbanda trouxeram e
trazem, não houve tempo ou talvez necessidade de uma codificação no plano físico. Seu mister é
trabalho e caridade. As codificações, os credos, são fatos que se fazem às vezes desnecessários, às
vezes necessários.
Por isto esta obra está longe de ter a pretensão de se tornar um “Código de Umbanda” ou
qualquer coisa parecida, objetivo tão somente resgatar e transmitir os ensinamentos obtidos através
anos de trabalho dentro da Seara Umbandista, onde estudei e testei as mais diversas influências que
me levaram as conclusões discorridas neste trabalho.
Portanto, mais importante do que estabelecer códigos é compreender a verdadeira Missão da
Umbanda e como as forças da natureza interagem para que esta missão seja alcançada.
O que cada trabalhador de Umbanda deve ter como bandeira? Que a Umbanda é uma religião
voltada somente para o bem. Não fazemos trabalhos para isto ou aquilo. Que o culto é grátis e não
pode atender a interesses particulares.
Alguns trabalhadores menos esclarecidos deturpam completamente o sentido das bases do
bem, saem fora da caridade e do trabalho produtivo gratificante, e continuam a chamar suas sessões
de Umbanda. Isto é que é errado! É isto que nós umbandistas devemos combater e esclarecer.
 
Ficarmos discutindo dogmas deste ou daquele Orixá nos leva a compreensão das forças da natureza
sim, mas deve objetivar apenas isto e não a imposição de uma única Verdade.
A única verdade da Umbanda é a Caridade e o Amor, o resto são formas de culto que variarão
de região para região, de terreiro para terreiro e devem ser respeitadas. Entretanto, charlatães,
enganadores, espoliadores, falsos profetas, enfim, pessoas que usam o nome da Umbanda em
benefício próprio tem que ser combatidos através do esclarecimento e divulgação da essência da
Umbanda.
Devido a pessoas sem escrúpulos, é comum chegarem consulentes aos Centros de
Umbanda, e se pasmarem com o fato de que o trabalho da gira de Umbanda visar somente o bem.
Esperamos sinceramente que este problema seja erradicado de nosso meio. E para isto contamos
com a ajuda de todos os umbandistas na busca pela compreensão, divulgação e esclarecimento da
verdadeira essência da Umbanda, pois os nossos piores detratores são os que se dizem umbandistas
e se desviam do caminho do Bem.
Dos pilares básicos compreendemos nas lições trazidas pelos trabalhadores espirituais, e aqui
evocamos a figura humilde dos Pretos Velhos, que são os Mestres da humildade, o seguinte: cada
um tem suas crenças, suas características, seus laços de família, de raça e de religião, e isto deve
ser respeitado. Respeitamos todas as religiões, desde que voltadas para o bem, e que respeitem os
direitos humanos.
Portanto, a Umbanda não precisa ser pregada. Simplesmente se impõe no nosso contexto
pelas verdades e características que as Entidades trouxeram e trazem e basta que olhemos e
pensemos nas forças da natureza agindo, interagindo e atuando constantemente em nossas vidas.
Procuramos compreender não apenas os princípios básicos que nos mostram, mas as leis
que regem a vida. E, portanto é necessário muitas vezes evocar algo mais profundo do que o
concreto.
Entretanto, urge um posicionamento firme por parte dos umbandistas. A Umbanda é linda e
está voltada exclusivamente para a Caridade. Não podemos nos envergonhar de ser umbandistas.
Temos que assumir o nosso amor a Umbanda e elevar o seu nome através de exemplos próprios em
nossas vidas, em nosso dia-a-dia. Não adianta ser umbandista apenas dentro do Terreiro. Temos que
ser fora dele principalmente!
O trabalhador de Umbanda deve compreender que na gira de caridade (sessão), todos estão
fazendo caridade; o guia, o médium, os dirigentes materiais e espirituais, o assistente, e, portanto
todos têm sua paga espiritual através da Lei do Karma. Fazemos o bem, porque ultrapassamos a
barreira do viver apenas por viver, admitimos com isso algumas leis da vida hiper-física, e mais do
que admitir, colocamos em prática tais leis.
No entanto, o viver nos ensina que nem todos os problemas podem ser resolvidos, mas
podem ser compreendidos, e podemos receber amparo, por isso procuramos explicações que
necessitam ser mais profundas. Mas sempre dentro do merecimento de cada um.
Reconhecemos uma hierarquia dos espíritos, reconhecemos que alguns problemas que se
nos apresentam tem origem kármica e, portanto não podem ser “resolvidos” rapidamente, sendo
exigido um tempo para sua expiação. E não adianta ficarmos batendo pé, exigindo dos Orixás, guias
ou entidades “solução imediata”. Guia nenhum, enviado de Orixá nenhum se apresenta em terreiro
nenhum para “resolver nossos problemas materiais.” Tudo tem seu tempo e sua hora dentro do
merecimento de cada um. Devemos pedir resignação e força para enfrentar as nossas dificuldades e
principalmente auxílio para sermos merecedores da graça que buscamos.
Compreendemos também, que temos amigos no além-túmulo, que se têm condições de ajudar,
ajudam, os quais denominamos guias, trabalhando por nós em outras esperas de atividades.
Podemos, em razão desta compreensão aplicar outras...
1. Devemos compreender que pretos velhos, caboclos, ou entidades que podem nos ajudar não
habitam em nosso plano físico. Os pontos cantados, o defumador, as orações, o ambiente,
enfim, visam oferecer condições para evocar tais entidades para perto de nós.
2. As falanges que atendem aos apelos de nossos chamados possuem reinos de vida, áreas de
atuação, de modo que trazem energias e vibrações afins, assim ao chegarem ao nosso meio
carregam o ambiente e trocam nossa energia terráquea (física) por energia proveniente de
suas hostes (cósmica).
3. Reconhecemos os Orixás básicos, e que cada um tem sua esfera de atividades. Como
embaixadores de Deus, como ministros de Deus, cada qual têm seu campo de ação, e para
sermos mais eficientes devemos fazer o pedido ao Orixá certo. Se queremos que uma planta
brote, cresça e floresça não podemos molhá-la com água salgada, mantê-la longe do sol ou
em lugar sem ar. Se quisermos pescar não podemos ir a um mar ou rio poluídos. Assim é com
os nossos pedidos.
4. Dentro dos pedidos que se fazem as falanges que são invocadas nas giras, um fator básico a
que nos propomos, tanto trabalhadores físicos (médiuns) quanto trabalhadores espirituais é a
condução de entidades que por motivos vários obsedam pessoas ou ambientes em que
vivem, procurando esclarecer, ou simplesmente afastar as intromissões malfazejas, sempre
respeitando a Lei do Livre Arbítrio.
5. Também nos propomos a tentar dissolver miasmas ou fluídos negativos agregados aos
corpos dos médiuns e assistentes (trabalho de expurgo).
6. A gira também estabelece um vínculo maior entre o médium e o seu guia, ampliando assim
cada vez mais o entrosamento, melhorando também a sua capacidade mediúnica de trabalho.
Capítulo 5 - Entendendo Uma Gira de Umbanda
7. Por último, dentro do campo das possibilidades kármicas, esclarecer ou ajudar na solução de
problemas pessoais, através de mentalização clara e persistente, ou seja, é fundamental que
se compreenda que um Templo Umbandista não é uma Tenda de Milagres, onde chegamos e
todos os nossos problemas materiais serão resolvidos. Um Templo Umbandista é o local para
recarregarmos nossas “baterias”, renovamos a nossa fé em Zambi (Deus) e através da
caridade pura evoluímos como seres humanos alcançando assim serenidade para
enfrentarmos o nosso dia-a-dia. Em resumo, as funções dos guias, mentores e protetores de
Umbanda são de amparo, esclarecimento, orientação... a decisão e solução são nossas.
Compreendemos também que existe forte tendência do ser humano, de maneira geral, em
quando submetidos a uma situação frustrante ou de fracasso, atribuir a causas externas a sua
pessoa esse fracasso, e quando submetidos a situações prazerosas atribuir a si mesmo, as suas
qualidades pessoais. Exemplo disto: invariavelmente quando somos demitidos do nosso emprego,
atribuímos a uma perseguição, muitas vezes autêntica do nosso chefe e nunca a nossa
incompetência. Nem aventamos a hipótese de estarmos sendo “perseguidos” por que somos
incompetentes, mas o nosso chefe é que é um chato, ou “não vai com a nossa cara”. Em contrapartida
se somos promovidos, nunca é porque o chefe é bonzinho, ou porque é um bom chefe, atento
aos méritos dos funcionários, mas sim porque somos competentíssimos (e só um “cego” não “veria”
essa competência toda), e essa promoção era mais do que merecida.
Assim as pessoas agem quando chegam aos terreiros de Umbanda. Se não têm os seus pedidos
atendidos de pronto, é porque o dirigente não é bom, porque o terreiro é fraco, ou porque a Umbanda
não é de nada. Nunca lhes passa pela cabeça que primeiro precisam merecer alcançar determinada
graça, ou que seja um processo kármico evolutivo pelo qual estejam passando para seu próprio
aprendizado. Não meus amigos, infelizmente isso não acontece, e sabem porque? Porque muitos
resolvem ser umbandistas por medo, ou para que sua vida material melhore. Cabe mudar esse
primeiro conceito. Mudar a mentalidade dos médiuns umbandistas, e aí sim mudar a mentalidade da
assistência. Isso é obrigação de todo Dirigente Umbandista. Orientar seu corpo mediúnico e a
assistência do seu terreiro ao invés de sentar no “trono” de dirigente e responder as perguntas que
lhe são dirigidas com o famoso “é assim porque é”.
A Umbanda evoluiu, esse tipo de papel não cabe mais nela. O estudo constante é
fundamental. As entidades que militam na seara umbandista estão cada vez mais evoluídas e
esclarecidas e tem importante papel dentro da espiritualidade. Cabe, a nós médiuns, tentarmos estar
a altura dela.